Quem é você?

Você se conhece?

Ou acredita que os outros têm mais condições de conhecê-lo?

Temos muita dificuldade em responder a questão “Quem sou eu?” Um grande dilema dos candidatos nos processos seletivos é desenvolver a questão proposta pelos selecionadores: ”Fale-me de você”.

De onde vem isso?

Construímos nossa autoimagem a partir das informações diretas e indiretas que recebemos dos nossos ambientes desde a infância.  As primeiras mensagens que recebemos a respeito de quem somos vêm de nossos pais, do que falam, do que nos cobram, do que nos criticam e do que valorizam.  Depois dos professores, colegas, amigos, familiares e mais tarde de nossos chefes.

Por termos construído uma autoimagem equivocada a respeito de nossos talentos e deficiências, alguns nem querem conhecer-se, pois imaginam que têm mais defeitos do que qualidades.  Outros, mais críticos, desvalorizam suas forças e se torturam por suas fraquezas. E, por último, temos aqueles que supervalorizam suas qualidades, com a intenção de jogar fumaça sobre suas fraquezas.

Consequências da falta de autoconhecimento

Na vida adulta essa falta de autoconhecimento nos traz sérios problemas.  Temos conflitos em nossos relacionamentos, não sabemos aproveitar nosso potencial, não fazemos boas escolhas para nossas carreiras, não valorizamos nossos pontos fortes e não conseguimos melhorar nossas deficiências.

Na função gerencial isso se agrava, porque temos que avaliar outras pessoas.  Como vou ser isento e imparcial nas minhas avaliações se eu não me conheço.

Benefícios do autoconhecimento

  • Aumento da autoestima, porque a pessoa reconhece e assume suas qualidades e investe na melhoria dos pontos que podem criar dificuldades na vida pessoal e profissional.
  • Construção de uma carreira promissora que explora e amplia seu potencial.
  • Desenvolvimento de novas competências, através da expansão dos pontos fortes e do aprimoramento das deficiências.
  • Uso adequado das forças e fraquezas, porque as fraquezas nem sempre são más, elas podem ser forças se usadas, conscientemente, da forma certa e na hora certa.

“Nunca tivemos tantas opções para decidir. Nenhuma escolha será boa, porém, se não soubermos quem somos. Temos de conhecer nossas aptidões para extrair o máximo benefício disso. Devemos saber onde estão nossos defeitos, quais as aptidões que não temos. Pela primeira vez na história da humanidade temos de aprender a assumir a responsabilidade de administrar a nós próprios.”

Peter Drucker

O que é autoconhecimento

Autoconhecimento é o quanto a pessoa conhece a respeito de si mesma.  É o conhecimento que a pessoa tem sobre seus comportamentos, forças e fraquezas e como essas características influenciam de forma positiva ou negativa sua vida. Conhecer-se é uma busca eterna e não há desenvolvimento, sem autoconhecimento.

Práticas que melhoram o autoconhecimento

  • Observar suas reações diante das mais diversas situações. Estar atento aos pensamentos, emoções e comportamentos no dia-a-dia.
  • Fazer leituras que estimulem a reflexão e aplicar os aprendizados em sua vida.
  • Fazer cursos que permitam uma reflexão sobre sua forma de ser, pensar e agir.
  • Fazer terapia e se comprometer com as mudanças necessárias.
  • Meditar para calar a mente, trazer mais consciência e entrar em contato com o mundo interior.

Para acelerar o processo de autoconhecimento hoje existem inúmeras ferramentas, que permitem um diagnóstico mais rápido e preciso de suas características, como pontos fortes, pontos fracos, motivações, interesses, valores, crenças, estilos de atuação etc.

Por que treinar seus colaboradores?

Os desafios surgem diariamente para as empresas, e para que se mantenham competitivas, precisam estar constantemente desenvolvendo o capital intelectual de seus colaboradores com novos conhecimentos, novas habilidades e novas atitudes.

Vantagens de realizar treinamentos fechados para a empresa:

  • Permite uma melhor adequação dos conteúdos às necessidades da empresa;
  • É mais econômico trazer o instrutor do que deslocar vários funcionários;
  • Maior integração e relacionamento entre departamentos e equipes;
  • Aumento do aprendizado pela troca de experiência entre os participantes;
  • Maior sigilo de particularidades da empresa.

Há 25 anos, realizamos treinamentos abertos e fechados, para equipes gerenciais, técnicas, administrativas, operacionais e de linha de frente, em indústrias e empresas de serviços, públicas e privadas, em âmbito nacional, sobre diversos temas.

Visite o nosso site e conheça os alguns dos treinamentos que realizamos.  Outros temas poderão ser desenvolvidos, de acordo com a necessidade da empresa.

www.valerianoeducacao.com.br

 

Pimenta nos olhos dos outros arde, como arderia nos nossos!

Já pararam para pensar por qual razão temos praticado tão pouca nossa educação e empatia nos dias de hoje?

Por que a maioria dos selecionadores não informa aos candidatos que ele não foi aprovado ou que o processo seletivo foi cancelado, sabendo que o candidato investiu tempo, dinheiro e emoção para estar ali?

Por que a maioria dos profissionais de treinamento/RH não informa aos consultores que a proposta dele não foi aprovada ou que a demanda foi cancelada, sabendo que o consultor investiu tempo preparando a proposta ou até se disponibilizando para ir à empresa para apresentá-la pessoalmente.

Qual a dificuldade que temos em honrar com os compromissos e reuniões que planejamos? Não deveria ser necessário que as outras partes ficassem confirmando a programação nos dias que antecedem os compromissos.

Por que os pacientes não informam as secretárias dos médicos e aos laboratórios que não poderão ir à consulta ou fazer o exame? É muito difícil entender que quando uma pessoa falta a uma consulta, o médico perde parte de sua fonte de renda e outra pessoa poderia ser atendida no lugar dele?

Por que não informamos aos amigos que não poderemos ir à sua festa mesmo sabendo que ficaríamos tristes com a ausência deles nas nossas próprias festas? Indiretamente estamos dizendo que eles não são importantes para nós, mesmo sabendo que quando organizam uma festa já consideram um percentual de faltosos.

Qual a dificuldade em dar uma posição para o cliente interno ou externo quando se recebe um e-mail com alguma solicitação? O que nos impede de informar se podemos atender ou não, ou em quanto tempo poderemos atender mesmo sabendo que nos incomodamos com a ausência de resposta de outras pessoas?

Existem muitos outros exemplos, mas esses foram os que vieram à nossa lembrança agora! E não sabemos como isso acontece em todo o Brasil, mas no Rio de Janeiro esse comportamento é lamentavelmente muito comum (mas como toda regra, claro que felizmente também existem exceções).

Por qual razão nos comportamos dessa maneira?  Será vergonha, medo de desagradar, falta de respeito, falta de compromisso, falta de empatia ou tudo isso?

Será que um selecionador precisará ficar desempregado para sentir na pele a angústia de um candidato enquanto aguarda a resposta da empresa?

Será que um profissional de treinamento/RH precisará tornar-se consultor para entender a necessidade do especialista em ter uma posição da empresa?

No caso do pessoal de RH, selecionadores e pessoal de treinamento, isso é mais grave porque eles representam a empresa diante dos candidatos e dos consultores.  Esse comportamento pode passar uma imagem negativa da empresa.

Para minimizar os impactos da falta de compromisso e empatia gastamos tempo e dinheiro, confirmando reuniões diversas vezes antes delas acontecerem, secretárias de médicos ligam na véspera para confirmar, laboratórios e clínicas costumam passar uma mensagem pedindo a confirmação do exame. Tempo esse que poderia estar sendo dispendido em tarefas muito mais produtivas.

Não sei se sempre fomos assim, mas hoje temos percebido isso de forma muito mais crítica. Precisamos apenas começar a dar sinais de respeito, educação e, acima de tudo, empatia com quem confiou na gente, disponibilizou seu tempo, emoção e até dinheiro para nos atender. Precisamos começar a incorporar o hábito de se colocar no lugar do outro no nosso dia-a-dia.

Afinal, se não gostamos quando fazem com a gente, por que continuamos a nos comportar assim com os outros? Já está na hora de praticarmos a releitura de um velho ditado: Pimenta nos olhos dos outros vai sempre arder como arderia nos nosso!

Elizabeth Valeriano e Juliana Valeriano

Inteligência Emocional no Trabalho

“Qualquer um pode zangar-se isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil.” Aristóteles.

Inteligência emocional é a capacidade de perceber, exprimir e gerir nossas próprias emoções e também a capacidade de perceber e saber lidar com as emoções dos outros.

Impacto na vida pessoal e profissional

Durante muitos anos o critério de avaliação de uma pessoa era apenas o QI, Coeficiente Intelectual. As empresas aplicavam vários testes no processo seletivo dos profissionais.  Mas segundo Daniel Goleman, grande parte do sucesso de um profissional se deve à sua inteligência emocional, o QE, Coeficiente Emocional.

Vivemos uma época em que há maiores oportunidades de desenvolvimento intelectual e, portanto, maior concorrência. Assim o grande diferencial, o fator que aumenta a competitividade e empregabilidade é a inteligência emocional, expressa pelo comportamento que a pessoa apresenta no dia a dia e no trabalho.

Alguns especialistas acreditam que a inteligência emocional representa 60% da produtividade em todos os tipos de trabalho. Quando a pessoa tem uma inteligência emocional bem desenvolvida, ela constrói e mantém bons relacionamentos, tem autoconfiança, é motivada e sabe se recuperar com rapidez e facilidade das adversidades.

Todos nós possuímos inteligência (QI) e inteligência emocional (QE).  Juntas, determinam como pensamos e como agimos. As pessoas podem ser brilhantes, mas não emocionalmente inteligentes, e os mais diversos tipos de personalidade podem ter um QI e/ou um QE elevado.  Algumas pessoas têm mais facilidade na gestão de suas emoções, outras podem desenvolver.  A boa notícia é que a inteligência emocional é flexível e mutável e pode ser aprimorada ao longo da vida.

O mundo está ficando cada vez mais complexo e exigindo de cada um de nós mais inteligência emocional para lidar com os desafios e adversidades.  Não podemos mudar as circunstâncias, mas é possível aprender a perceber nossas emoções e a gerenciá-las de uma forma que nos cause cada vez menos danos emocionais, físicos e sociais.

Autoconsciência e autogestão: a importância de “educar” as emoções

“Você não pode controlar o que irá sentir, quando irá sentir, nem quanto isso será forte. Mas você pode criar escolhas: como reagir quando se sentir assim.”  Daniel Goleman

 A maioria das pessoas não presta atenção ao que se passa com ela, não está consciente dos seus pensamentos, de seus comportamentos e muito menos de suas emoções. E isso dificulta o autoconhecimento e a recuperação de um bom estado emocional. Vivemos no piloto automático, temos reações impulsivas, porque não prestamos atenção ao que se passa internamente conosco.

Gerir a emoção não significa reprimi-la.  Não temos poder para suprimir as emoções da nossa vida, podemos administrá-las.  A pessoa que se desenvolve emocionalmente consegue interromper as reações de muitas emoções e, em alguns casos, não tem qualquer reação emocional, porque aquele fato não tem mais importância para ela.  Mas para isso, a pessoa precisa ter autoconsciência, ou seja, perceber como está se sentindo na hora.

O processo de “educar” as emoções pode ser rápido, em algumas situações e pode demorar um pouco mais em outras.  Nossas reações emocionais são bem diferentes dependendo da situação. Algumas coisas nos abalam mais, outras menos e há coisas que não nos afetam.  Também temos reações diferentes das outras pessoas para as mesmas situações.

Alguns recursos para recuperar um bom estado emocional

  • Auto-observação. Preste atenção nas reações emocionais diante de fatos e pessoas, quando está fazendo algo e quando está sozinho.
  • Assuma o seu estado emocional. Verbalize para você, estou triste, estou irritado, estou com medo etc. É muito comum negarmos nosso estado emocional, quando ele não é positivo e valorizado. Mas como transformar essa emoção se eu não a reconheço.
  • Crie estratégias para lidar com as situações mais críticas. Um exemplo seria você receber um e-mail com acusações injustas, com cópia para toda a empresa, que poderia lhe deixar muito irritado ou triste. Uma estratégia seria evitar responder na hora, acalmar-se, dar um tempo, porque sua reação pode piorar a situação. É o famoso contar até 10.
  • Tenha uma atitude positiva diante dos fatos. Espere o melhor da vida, das pessoas, das circunstâncias.
  • Seja grato. Pare de reclamar, agradeça tudo que você tem. Agradeça por andar, falar, respirar, por ter uma família, um trabalho etc. Agradeça até pelas adversidades que lhe fizeram crescer. 
  • Faça coisas que lhe deem prazer, e lhe coloquem num bom estado emocional. Ouça músicas, pratique sua atividades física preferida, namore, brinque com seus filhos e netos, cuide dos seus animais de estimação, converse com seus amigos, assista a um bom filme, reze, medite, relaxe, respire profundamente, prestando atenção em sua respiração etc.
  • Faça terapia. Se em algumas situações você não consegue se ajudar, você precisa buscar ajuda de um profissional. Isso é uma grande prova de amor a si mesmo.

O sucesso na vida pessoal e profissional depende do seu estado emocional.

Vivemos uma era em que valorizamos o currículo, hoje conhecemos pessoas com duas faculdades, cinco MBAs, mestrado e doutorado. Também valorizamos os bens materiais, ter uma linda casa, num bairro privilegiado, carro do ano, lindos móveis, roupas de grife. Agora estamos valorizando o corpo, então frequentamos academias, temos personal trainer, fazemos cirurgias plásticas etc. Mas a maioria das pessoas ainda não valoriza a sua emoção.

Se não estamos bem emocionalmente, não vamos conseguir estudar, vamos ser menos criativos e produtivos no trabalho, não teremos ânimo para ir à academia. Então, cuide da sua emoção, sua saúde e seu sucesso na vida pessoal e profissional agradecem.

O impacto da emoção do líder sobre os liderados

Todos os profissionais precisam desenvolver sua inteligência emocional, muitas carreiras de artistas, atletas, políticos e especialistas oscilam e até são interrompidas pelo desequilíbrio emocional.

Mas no caso do líder esse cuidado deve ser muito maior, porque o líder estabelece o padrão emocional da equipe, porque todos observam o chefe. O pessoal percebe os estados emocionais de seu chefe por seu rosto, voz e gesto. Quantos profissionais adoecem pela forma como são tratados por chefes instáveis e imprevisíveis emocionalmente. As emoções são contagiantes, o humor que ele chega dará o tom do dia para a maioria dos integrantes da equipe.

Nossas emoções podem afetar os outros ou podemos ser afetados pelas emoções alheias.  Sabendo disso, o líder deve procurar transmitir emoções positivas, para gerar bem estar no seu ambiente de trabalho. 

Mudando a mente: o cérebro é flexível

Nosso cérebro é plástico, as células cerebrais são capazes de se ajustar às influências externas e assumir novas formas para lidar com as mais diversas situações.

Podemos mudar a partir do nosso pensamento.  Mas não basta mudar só o que pensamos, e fazemos, precisamos mudar também o sentimento relacionado a isso.

Não conseguiremos fazer mudanças em nossas vidas com os velhos pensamentos, as velhas ações e as velhas emoções.  Para ter uma nova vida, precisamos de novos pensamentos, novas ações e novas emoções.

Para que o comportamento desejado se concretize, precisamos praticá-lo regularmente, até que a mudança esteja definitivamente incorporada em nosso cérebro.

“Os seres humanos, ao mudarem suas posturas internas, podem alterar os aspectos externos de suas vidas.” William James

 Elizabeth Valeriano

  • Sócia-diretora da Valeriano Educação Corporativa, consultora especializada em programas gerenciais como: liderança, líder coach, liderança situacional, gestão de pessoas, comunicação interpessoal, feedback gerencial, gestão de conflitos, gestão do tempo, desenvolvimento de supervisores; e em programas para desenvolvimento de equipes, comunicação, relacionamento, inteligência emocional e atendimento a clientes.
  • Ministra o curso A Aplicação da Inteligência Emocional no Trabalho, in company, através da sua empresa e aberto através do Idemp.